Mas se eu tiver que ser
sozinha, serei inteira
serei plácida, como o lago
que espera a chuva
como a chuva que busca a
manhã.
E se eu tiver que ser
escura, serei grandiloquente
se tácita, valente
se árida, compreensiva, ao
menos
se ainda assim severa...
então liberta.
E se me perder de tudo, e
até do fim...
possivelmente eu serei nova
como o verão, no céu de
janeiro
como janeiro, no céu de
Paris!
Seja lá onde for
Paris...
Hoje, em qualquer lugar,
longe daqui. Longe, longe...
(Leila Kruger- Longe)
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