sexta-feira, 10 de setembro de 2010




Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra.


[Caio F.]

5 comentários:

  1. [esse o sopro do que resta duma cinza em fogo que há muito se apagou]

    um imenso abraço, Flávia

    Leonardo B.

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  2. Lembranças, o que fica guardado no nosso escuro, que ás vezes vale a pena ligar aquela luz saudosa e sensível aos nossos pedacinhos.
    Te sigo, gostei muito daqui.
    Beijo.

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  3. As boas lembranças sempre colorem os cantinhos que a vida teima em tornar cinzas.

    Beijos!

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  4. Que profundo!!! lindo d+, Adoro Caio Abreu...
    Bjsss querida!!

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