sábado, 12 de dezembro de 2009
Tu não estas comigo em momentos escassos:
No pensamento meu, amor, tu vives nua
- Toda nua, pudica e bela, nos meus braços.
O teu ombro no meu, ávido, se insinua.
Pende a tua cabeça. Eu amacio-a... Afago-a...
Ah, como a minha mão treme... Como ela é tua...
Põe no teu rosto o gozo uma expressão de mágoa.
O teu corpo crispado alucina. De escorço
O vejo estremecer como uma sombra n'água.
Gemes quase a chorar. Suplicas com esforço.
E para amortecer teu ardente desejo
Estendo longamente a mão pelo teu dorso...
Tua boca sem voz implora em um arquejo.
Eu te estreito cada vez mais, e espio absorto
A maravilha astral dessa nudez sem pejo...
E te amo como se ama um passarinho morto.
Manuel Bandeira
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Grande lembrança essa sua, de publicar Manoel Bandeira! Acabei me lembrando de um outro texto dele, que vou publicar brevemente.
ResponderExcluirE você é minha conterrânea, sabia? Nasci em João Pessoa, na Praia de Tambaú, mas vim pra BH, com a família, quando tinha 2 anos. Virei mineiro.
Bjooooooo!!!!!!!!!
nossa, senti até o ardor das palavras!
ResponderExcluiradorei
ETERNO MANUEL BANDEIRA, PARABÉNS!!!!
ResponderExcluirUm Feliz Natal!!!!!!
Na oportunidade,FLAVIA, estou convidando você para conhecer meu blog de humor:
"HUMOR EM TEXTO".
É de graça!
Um abração carioca.
O teu blog esta LINDO !
ResponderExcluirbeijinho*
E assim, sou Eu o numero 100 :)
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