quarta-feira, 30 de setembro de 2009



'Vinte cinco anos'! é a idade das primeiras palpitações, a idadedos sonhos, a idade das ilusões amorosas, a idade de Julieta; é a flor, é a vida, e aesperança, o céu azul, o campo verde, o lago tranqüilo, a aurora que rompe, a calhandraque canta, Romeu que desce a escada de seda, o último beijo que as brisas da manhãouvem e levam, como um eco, ao céu.
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Eu nasci no dia 30 de setembro de 1984 :D

terça-feira, 29 de setembro de 2009



Brilhar para sempre,
brilhar como um farol,
brilhar com brilho eterno,
gente é para brilhar,
que tudo mais vá para o inferno,
este é o meu slogan
e o do sol.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009



A esperança não murcha,
ela não cansa, também como ela não sucumbe a crença.
Vão-se sonhos nas asas da descrença,
voltam sonhos nas asas da esperança.




Augusto dos Anjos



Um final de semana cheio de paz!

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão -- esta pantera --
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente invevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
o beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!
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[Augusto dos Anjos]


Parece muito doce aquela cana.
Descasco-a, provo-a, chupo-a... ilusão treda!
O amor, poeta, é como a cana azeda,
A toda a boca que o não prova engana.

Quis saber que era o amor, por experiência,
E hoje que, enfim, conheço o seu conteúdo,
Pudera eu ter, eu que idolatro o estudo,
Todas as ciências menos esta ciência!

Certo, este o amor não é que, em ânsias, amo
Mas certo, o egoísta amor este é que acinte
Amas, oposto a mim. Por conseguinte
Chamas amor aquilo que eu não chamo.

Oposto ideal ao meu ideal conservas.
Diverso é, pois, o ponto outro de vista
Consoante o qual, observo o amor, do egoísta
Modo de ver, consoante o qual, o observas.

Porque o amor, tal como eu o estou amando,
É Espírito, é éter, é substância fluida,
É assim como o ar que a gente pega e cuida,
Cuida, entretanto, não o estar pegando!

É a transubstanciação de instintos rudes,
Imponderabilíssima e impalpável,
Que anda acima da carne miserável
Como anda a garça acima dos açudes!

Para reproduzir tal sentimento
Daqui por diante, atenta a orelha cauta,
Como Mársias -- o inventor da flauta --
Vou inventar também outro instrumento!

Mas de tal arte e espécie tal fazê-lo
Ambiciono, que o idioma em que te eu falo
Possam todas as línguas decliná-lo
Possam todos os homens compreendê-lo.

Para que, enfim, chegando à última calma
Meu podre coração roto não role,
Integralmente desfibrado e mole,
Como um saco vazio dentro d’alma!

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[Augusto dos Anjos]

No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!

Hoje, esta árvore, de amplos agasalhos,
Guarda, como uma caixa derradeira,
O passado da Flora Brasileira
E a paleontologia dos Carvalhos!

Quando pararem todos os relógios
De minha vida e a voz dos necrológios
Gritar nos noticiários que eu morri,

Voltando à pátria da homogeneidade,
Abraçada com a própria Eternidade
A minha sombra há de ficar aqui!
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Debaixo do tamarindo [Augusto dos Anjos]


A maior solidão é a do ser que não ama.
A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.
Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno.
Ele é a angústia do mundo que o reflete.
Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.



Vinícius de Moraes

quinta-feira, 24 de setembro de 2009



É melhor, muito melhor, contentar-se com a realidade;
se ela não é tão brilhante como os sonhos,
tem pelo menos a vantagem de existir.



Machado de Assis

quarta-feira, 23 de setembro de 2009


A maioria pensa com a sensibilidade,
eu sinto com o pensamento.
Para o homem vulgar,
sentir é viver e pensar é saber viver.
Para mim,
pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.



Mas o tempo, o tempo caleja a sensibilidade.




Machado de Assis



Semtemposemtemposemtempo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009



folhinhas
linhas
zibelinas
sozinhas



Maiakóvski


Sem tempo :s

sexta-feira, 18 de setembro de 2009



Cada um ao nascer traz sua dose de amor, mas os empregos, o dinheiro, tudo isso, nos resseca o solo do coração.
Sobre o coração levamos o corpo, sobre o corpo a camisa, mas isto é pouco.
Alguém imbecilmente inventou os punhos e sobre os peitos fez correr o amido de engomar. Quando velhos se arrependem.
A mulher se pinta.
O homem faz ginástica pelo sistema Muller.
Mas é tarde.
A pele enche-se de rugas.
O amor floresce, floresce, e depois desfolha.




Vladimir Maiakóvski

quinta-feira, 17 de setembro de 2009



Recordo ainda... e nada mais me importa...Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui...
Mas, aí,Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui
vai:Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!
...Que envelheceu, um dia, de repente!...






Mario Quintana

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

DESPERTAR É PRECISO


Na primeira noite eles aproximam-se
e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada.




Vladimir Maiakóvski



Não acabarão com o amor,
nem as rusgas, nem a distância.
Está provado, pensado, verificado.
Aqui levanto solene minha estrofe
de mil dedos e faço o juramento: Amo firme, fiel e verdadeiramente.



Vladimir Maiakóvski

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Jurei não mais amar pela décima vez
Jurei não perdoar o que ela me fez
O costume é a força que fala mais forte do que a natureza
E nos faz dar provas de fraqueza
Joguei meu cigarro no chão e pisei
Sem mais nenhum aquele mesmo apanhei e fumei
Através da fumaça neguei minha raça chorando, a repetir:Ela é o veneno que eu escolhi pra morrer sem sentir
Senti que o meu coração quis parar
Quando voltei e escutei a vizinhança falar
Que ela só de pirraça seguiu com um praça ficando lá no xadrez
Pela décima vez ela está inocente nem sabe o que fez
[Noel Rosa]



Eu à poesia
só permito uma forma:concisão,
precisão das fórmulas matemáticas.
Às parlengas poéticas estou acostumado,
eu ainda falo versos e não fatos.
Porém se eu falo"A"
este "a" é uma trombeta-alarma para a Humanidade.
Se eu falo"B"
é uma nova bomba na batalha do homem.




Vladimir Maiakóvski

segunda-feira, 14 de setembro de 2009



Guarda estes versos que escrevi chorando
como um alívio a minha saudade,
como um dever do meu amor;
e quando houver em ti um eco de saudade,
beija estes versos que escrevi chorando.





Machado de Assis




Sem tempo :s

sábado, 12 de setembro de 2009



Sois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.



Antoine de Saint-Exupéry





"Acho que sábado é a rosa da semana."
Clarice Lispector

sexta-feira, 11 de setembro de 2009




Não gosto de lágrimas, ainda em olhos de mulheres, sejam ou não bonitas; são confissões de fraqueza, e eu nasci com tédio aos fracos. Ao cabo, as mulheres são menos fracas que os homens,ou mais pacientes, mais capazes de sofrer a dor e a adversidade...


Machado de Assis

quarta-feira, 9 de setembro de 2009



Se tu me amas,
ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,enfim,tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve,
e o amor mais breve ainda...


Mário Quintana



Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante.Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...





Mário Quintana

terça-feira, 8 de setembro de 2009



Quando ela fala, parece Que a voz da brisa se cala;
Talvez um anjo emudece Quando ela fala.
Meu coração dolorido As suas mágoas exala,
E volta ao gozo perdido Quando ela fala.
Pudesse eu eternamente, Ao lado dela, escutá-la,
Ouvir sua alma inocente
Quando ela fala.
Minha alma, já semimorta, Conseguira ao céu alçá-la Porque o céu abre uma porta
Quando ela fala.


Machado de Assis


Sei de uma criatura antiga e formidável,Que a si mesma devora os membros e as entranhas,Com a sofreguidão da fome insaciável.Habita juntamente os vales e as montanhas;E no mar, que se rasga, à maneira do abismo,Espreguiça-se toda em convulsões estranhas.Traz impresso na fronte o obscuro despotismo;Cada olhar que despede, acerbo e mavioso,Parece uma expansão de amor e egoísmo.Friamente contempla o desespero e o gozo,Gosta do colibri, como gosta do verme,E cinge ao coração o belo e o monstruoso.Para ela o chacal é, como a rola, inerme;E caminha na terra imperturbável, comoPelo vasto arealum vasto paquiderme.Na árvore que rebenta o seu primeiro gomoVem a folha, que lento e lento se desdobra,Depois a flor, depois o suspirado pomo.Pois essa criatura está em toda a obra:Cresta o seio da flor e corrompe-lhe o fruto,E é nesse destruir que as suas forças dobra.Ama de igual amor o poluto e o impoluto;Começa e recomeça uma perpétua lida;E sorrindo obedece ao divino estatuto.
Tu dirás que é a morte; eu direi que é a vida.


Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor.
O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.



Machado de Assis

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama. Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado. Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se. A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também? Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho". Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato." Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009


Neste botânico setembro,
que pelo menos você plante
com eufórica emoção ecológica
num pote de plástico
uma flor de retórica.



Carlos Drummond de Andrade

Bom feriado!








Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvoreem tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bemàs vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
















quinta-feira, 3 de setembro de 2009



Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humor?


A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, deviasprecipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia,
no vento...
Dorme, meu filho.




Carlos Drummond de Andrade


É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,teu perfil exato e que, apenas, levemente, o ventodas horas ponha um frêmito em teus cabelos...É preciso que a tua ausência trescalesutilmente, no ar, a trevo machucado,as folhas de alecrim desde há muito guardadasnão se sabe por quem nalgum móvel antigo...Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janelae respirar-te, azul e luminosa, no ar.É preciso a saudade para eu sentircomo sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevistaque nunca te pareces com o teu retrato...E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.






Mario Quintana

quarta-feira, 2 de setembro de 2009



Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...



Mario Quintana


O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:As andorinhas é que mudam.



Mario Quintana -

terça-feira, 1 de setembro de 2009


Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:Verde!...
E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...Sempre em busca de nova descoberta,Vai colorindo as horas quotidianas...
Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar?
Também sou da paisagem...
Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto...
iriso-me...
estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!

Mario Quintana - A Rua dos Cataventos


Quem Sabe um Dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!
Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!
Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!
Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!
Sentir primeiro,
pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois
Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois
Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois
Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois



Mário Quintana