sexta-feira, 7 de janeiro de 2011




“(...) Pode me tirar a compreensão, o perdão, os ossos contados como dias nas paredes da carne. (...) Pode me tirar o egoísmo e a paixão, a cultura que adquiri às pressas, a serenidade para julgar, a severidade do combate. Podes me tirar as metáforas, a fuga, minha saída do sangue. (...) Pode me tirar os excessos do mínimo, o idioma, meu receio de ficar sozinho. (...) Pode me tirar o colo, a sesta, a audição das escadas. Podes me tirar o desejo e pôr a inquietação em seu lugar. (...) Pode me tirar a liberdade que confundi com justiça porque nenhuma das duas se conheceu a tempo. (...) Não há castigo infinito. Não há dor infinita. Um dia a gente termina para começar, começa para terminar, refaz o percurso como se nada tivesse acontecido antes. Deixe-me apenas uma cadeira de palha, amarela, para olhar com piedade o que fui e me deslumbrar com as ruínas."

[Carpinejar]

4 comentários:

  1. Podem nos tirar tudo, menos a vontade de viver.. e recomeçar. :)

    :* moça e feliz 2011

    ResponderExcluir
  2. "Não há dor infinita."
    Não mesmo.
    Um lindo final de semana
    Beijos meus

    ResponderExcluir
  3. Essas são palavras de se sentir...
    Olá, lindo espaço e excelentes textos, bom não li todos,rs, mas o suficiente para te dizer: bom trabalho,continue...
    Bjus no coração e paz na familia!
    Passa lá em casa depois, ficarei feliz com sua presença por lá.
    http://passossilenciosos.blogspot.com
    Bjus.

    ResponderExcluir
  4. Olá Flávia
    Vim fazer uma visitinha e
    gostei muito do que vi
    por aqui!
    Parabéns pelo blog!
    Voltarei mais vezes!

    É preciso acreditar
    no emlhor, nada nessa
    vida é realmente nosso,
    e nada dura para sempre!

    Beijos flor!
    Tenha um
    Domingo abençoado!

    ResponderExcluir