segunda-feira, 18 de janeiro de 2010



Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.



[Pablo Neruda]

Um comentário:

  1. uma ótima escolha.

    eu que ando nos meus dias não tão romantico adorei o texto.

    flávia, acho que você ja sabe que voltei com o meu blog.
    agora que voltei, estarei mais vezes por aqui.

    te espero por lá também.
    bjo pra você.

    ERICK MOURA

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