Uma poesia ártica,
claro, é isso que eu desejo.
Uma prática pálida,
três versos de gelo.
Uma frase-superfície
onde vida-frase alguma
não seja mais possível.
Frase, não, Nenhuma.
Uma lira nula,
reduzida ao puro mínimo,
um piscar do espírito,
a única coisa única.
Mas falo. E, ao falar, provoco
nuvens de equívocos
(ou enxame de monólogos?)
Sim, inverno, estamos vivos.
[Leminski]
[onde há uma palavra, nunca um deserto será sempre completo]
ResponderExcluirum imenso abraço, Flávia
L.B.
Muitoo moderno guria!Parabéns pelo blog é maravilhoso ...Abraços
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