sábado, 21 de novembro de 2009
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
[Cora Carolina]
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(L)
ResponderExcluirBom dia também, senhorita! :)
Adorei a foto...bem surrealista e quem dera ser um jardineiro...
ResponderExcluir"Coração é terra que ninguém vê"
ResponderExcluiré mesmo!
Amei essa parte: "Coração é terra que ninguém vê"
ResponderExcluirVou até colocar no subnick de meu msn, rs. Adoro essas coisas poeticas! Amei o texto, de muito bom gosto! Parabens pela escolha!
Cora Coralina, grande sábia!
ResponderExcluirLindo poema!
beijo.