quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010






Meu Deus, não sou muito forte, não tenho muito além de uma certa fé — não sei se em mim, se numa coisa que chamaria de justiça-cósmica ou a-coerência-final-de-todas-as-coisas. Preciso agora da tua mão sobre a minha cabeça. Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. Que eu continue alerta. Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do vôo no momento exato. Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor. Que meus olhos saibam continuar se alargando sempre. Sinto uma dor enorme de não ser dois e não poder assim um ter partido, outro ter ficado com todas aquelas pessoas.




Caio F.
Em Lixo e Purpurina.

4 comentários:

  1. "Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor."

    gênio.

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  2. Flá, nunca desista.. você é forte e com certeza já passou por coisas que se parar pra pensar é ainda mais do que esperava !

    vai dar tudo certo, confia.

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  3. Partir é verbo conjugado pela metade. Nunca consegue-se num todo ir embora, há sempre algo que fica de nós no alguém e algo que fica do alguém em nós.

    E são tantas substituições nessa vida que um dia a gente acostuma.

    Bjinhos Flavinha.

    Erikah

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  4. Que trexo flavinha...esse do seu post é...fui eu quem o deixou aqui foi?

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