quarta-feira, 7 de abril de 2010
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
[Cecília Meireles]
-Eu queria tanto lhe dizer
Da minha solidão, da minha solidez
Do tempo que esperei por minha vez...
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Demaisssssssssss!!!
ResponderExcluirBoa quarta-flor!!!
beijocas
Uma vez eu acreditava que solidão era igual a individualismo, e que quem a sentisse, tornava-se independente. Falsa independência.
ResponderExcluirCecília é linda em palavras,
ResponderExcluiro que seria de certos sentimentos se não existisse nossos desejos mais retóricos?
beijos Flavinha !
o escondido
http://encabuladas.blogspot.com