quarta-feira, 21 de julho de 2010
Alguns estão dormindo de tarde,
outros subiram para Petrópolis como meninos tristes.
Vou bater à porta do meu amigo,
que tem uma pequena mulher que sorri muito e fala
pouco, como uma japonesa.
Chego meio prosa, sombras no rosto.
Não tenho muitas palavras como pensei.
"Coisa ínfima, quero ficar perto de ti".
Te levo para a avenida Atlântica beber de tarde
e digo: está lindo, mas não sei ser engraçada.
" A crueldade é seu diadema..."
O meu embaraço te deseja, quem não vê?
Consolatriz cheia das vontades.
Caixa de areia com estrelas de papel.
Balanço, muito devagar.
Olhos desencontrados: e se eu disser, te adoro,
e te raptar não sei como dessa aflição de março,
bem que aproveitando maus bocados para sair do
esconderijo num relance?
Conheces a cabra-cega dos corações miseráveis?
Beware: esta compaixão é
paixão.
[Ana Cristina Cesar]
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Thats very nice Flávia.
ResponderExcluirgreetings and a little hug, Joop
Texto encantador :)
ResponderExcluirA cabra-cega dos corações miseráveis. Lindo poema.
ResponderExcluirPassaste por mim... E quando passaste me levaste junto contigo, tiraste a minha respiração apenas com um murmúrio da tua voz.
ResponderExcluirOI,
ResponderExcluirPAZ...
gostei do seu blog
parabéns!!!
já estou seguindo
www.jotabepontodevista.blogspot.com
se quiser coloco um banner do seu blog no meu
Deixa-me dizer que o teu blogue está liiiindo *.*
ResponderExcluirVou seguir .. beijinho *
Eu saio em visitas, é um prazeroso habito que possuo, Ana. Poxa, o texto é mesmo delicioso, mas quem é a mulher pequena, e o amigo? Você deseja o amigo que possui uma mulher pequena?
ResponderExcluirParabéns por sua postagem! Estou curioso para saber da composição. (sorrio).
Aproveito este encontro e convido para uma leitura em minha última postagem. Trata-se de um pequeno texto que fala sobre a minha leitura de Historia Do Cerco De Lisboa, de José Saramago.
Abraço do Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com
daqui a alhuns meses vou mergulhar na poesis desta, estou agora a comtemplar as palavras proferidas por joão cabral de melo neto
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