Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar.
Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente.
O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar.
Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja.
Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja.
in "Onde estivestes de noite" - 7ª Ed. - Ed. Francisco Alves - Rio de Janeiro – 1994
[
Clarice Lispector]
Oi flor! Vi o link do seu blog lá na comunidade do Caio e resolvi dar uma espiada aqui! rsrsrsss
ResponderExcluirbeijão!
muito bom, talvez a sensação que é finito realmente engrandeça a tudo.
ResponderExcluirBons Dias