quarta-feira, 8 de julho de 2009







Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu.
Que hora existiu formadade uma verdade minha bem possuída
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludidapor esperanças hereditárias?
E de cada pergunta minha vai nascendo a sombra imensaque envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferençade ti, de mim, da coisa perguntada,do silêncio da coisa irrespondida.








-Cecília Meireles-

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