sexta-feira, 18 de setembro de 2009



Cada um ao nascer traz sua dose de amor, mas os empregos, o dinheiro, tudo isso, nos resseca o solo do coração.
Sobre o coração levamos o corpo, sobre o corpo a camisa, mas isto é pouco.
Alguém imbecilmente inventou os punhos e sobre os peitos fez correr o amido de engomar. Quando velhos se arrependem.
A mulher se pinta.
O homem faz ginástica pelo sistema Muller.
Mas é tarde.
A pele enche-se de rugas.
O amor floresce, floresce, e depois desfolha.




Vladimir Maiakóvski

6 comentários:

  1. boa análise, rs, a evoluçao é por vezes inexplicável, rs
    bons dias

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  2. Ótimo como sempre :)
    Precisamos adubar o solo do coração!

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  3. Lindo!

    Quantas e quantas vezes nos sentimos assim...

    Pelo que vejo, vc tem uma alma bela!

    Ótimo fds, um xeroooooo

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  4. Flávia você me surpreendeu com esse texto. Vou explicar. Esse poeta russo (se não me falha a memória) é conhecido, contudo, muito pouco aqui no Brasil (por isso a surpresa de saber que tu o conhece) Uma boa surpresa - seja dito. Abraço.

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  5. que lindo texto!
    linkei você no meu blog.
    Beijooos
    :}

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