quinta-feira, 26 de novembro de 2009



Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar [ extático da aurora.
Vinicius de Moraes

6 comentários:

  1. "Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas.."

    Graaaaande!

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  2. eu te peço perdão por te amar de repente...mto lindo, adorei seu post, parei, pensei, gostei muito, bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos...outro momento incrivelmente poético, lindão, bjos, bjos, bjosss

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  3. 'E posso te dizer que o grande afeto que te deixo'
    Sempre fica um afeto, por mais que nao queiramos deixa-lo, ele fica.

    Lindo.

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  4. Ele sabe bem das coisas!

    Proposta indecente lá no nosso blog querida, confere lá!
    Beijos

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  5. To te enviando o convite flor. Mas já aviso que o blog é de um mau gosto indescritível e a escrita não é classificada nem pra escritor de jardim de infancia...haha
    beijos!

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