terça-feira, 13 de abril de 2010





A tarde agoniza
Ao santo acalanto
Da noturna brisa.
E eu, que tambem morro,
Morro sem consolo,
Se não vens, Elisa!

Ai nem te humaniza
O pranto que tanto
Nas faces desliza
Do amante que pede
Suplicantemente
Teu amor, Elisa!

Ri, desdenha, pisa!
Meu canto, no entanto,
Mais te diviniza,
Mulher diferente,
Tão indiferente,
Desumana Elisa!

[Manoel Bandeira]

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